A ARTE DA VIDA

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bordando Sentimentos -A Arte Naife

Costurando palavras
Bordando sentimentos
Vou tecendo esse véu
Que paira sobre nós
A lua acesa no céu
Desfazendo os nós
Rompendo auroras
Na fraca luz do quarto
Abraçada ao travesseiro
Sonhos refazendo-se
Deixando apenas
O que nos resta
Colagem de alquimia
Enxoval de quimera
E tudo mais é amor
Silêncio e luz
E tudo mais é paz.


Luciana Silveira


Buscando inspiração na net, encontrei um artigo no blog "Poesia com emoção" do José Manuel Brazão http://poesiacomemocoes.blogspot.com/ sobre a arte naif.


Como venho procurando entender a arte do bordar, pela busca de sentimentos ingênuos, acredito que podemos dizer , que hoje o que fazemos em nossos bordados , que resgatam nossas lembranças também se enquandram arte naife.

Fui procurar sobre ela é encontrei no blog http://mol-tagge.blogspot.com/2009_03_09_archive.html as seguintes definições:

ARTE NAïFE

Definição

Arte Naïf, em tradução livre do francês, arte ingênua, é definida como arte primitiva – principalmente a brasileira, uma vez que seus expoentes são abundantes no país –, inspirada tanto no meio rural, quanto no meio urbano. Está vinculada à arte popular, a artistas não-eruditos, ou não-teóricos, não-técnicos, que produzem a partir de suas experiências pessoais. Designam os pintores que rejeitam as técnicas convencionais ou que não tiveram acesso a elas.
Oscar D’Ambrosio, jornalista, crítico de arte e autor de Os pincéis de Deus: vida e obra do pintor naïf Waldomiro de Deus, tem uma visão muito diferente daquela defendida pelos críticos de maneira geral. Entretanto, sua visão sobre a Arte Naïf ficará para uma segunda oportunidade.

                                                     Pilar Sala - Cosendo o quadro

                                                         Pilar Sala - Bordando

Características

São-lhe características as cores vivas, a imaginação de seus representantes, a estilização, um grande poder de síntese. É uma pintura genuinamente alegre, uma vez que conserva a espontaneidade, a liberdade criadora do artista e sua autonomia, pois a nada se vinculam. O artista Naïf cria por prazer, por uma necessidade intrínseca a ele, transformando sua arte em um canal de sua expressão mais íntima.
Como em toda arte popular, caracterizam-se por serem autodidatas, por adotarem técnicas rudimentares e empíricas e por serem completamente informais, além de não respeitarem noções básicas de perspectivas, cores, exatidão de formas etc.
Sim, são pintores amadores, mas além e acima disto, são artistas e a arte transcende à técnica e ao convencional. Não são crianças brincando, são homens e mulheres que fazem de sua arte um objetivo de vida.



                                                     Ana Maria Dias - Festa na Vila


                                               Lucia Buccini - Pedrinho vai passear na vila

O que dizem os críticos e outras personalidades

Anatole Jakovsky afirma: “A pintura das crianças não é obra de arte. Para elas, não passa de divertimento, enquanto para os primitivistas trata-se do objetivo de suas vidas. Eles abolem o tempo e remontam às fontes, a esses paraísos infantis perdidos e, afinal, reencontrados. A Naïf começa onde morre a criança".
Jorge Amado observou: "Sou daqueles que acham que a única pintura (falo de pintura, não de gravura e desenho) brasileira que possui caráter realmente nacional e se expressa numa forma decorrente de nossa cultura mestiça é a pintura 'naif', ingênua, primitiva - cada um escolha a designação que lhe pareça melhor."
Martin Green, falando sobre Naïf, diz: "Apropria-se do instante e o imortaliza para sempre. É fruto de uma pura tensão artística, não de uma preocupação comercial: o que aparece é o sentido de alegria e estupor perante o mundo, como se o estivéssemos olhando pela primeira vez. Essa pintura é o primeiro bater da existência."
Já Lucien Finkelstein, fundador do Museu Internacional de Arte Naïf (Mian), no Rio de Janeiro, criado, em 1995, com o maior acervo do mundo (8 mil obras de 130 países e de todos os estados brasileiros), diz que "A pureza com que pintam mostra que eles não estão querendo provar nada, apenas exprimir o sentimento por meio do pincel. Essa é a força da arte deles", completa.


                                                        Vanice Ayres Leite - Floristas


                                                             Edgar Calhado - Flamboyant

Países que se sobressaem

É uma arte tão especial que vários países, como França, Itália, Espanha, Argentina, Iuguslávia e, até, o Brasil, têm museus especializados em Naïf. Não por serem obras menores, mas por formarem uma categoria artística especial, como dissemos, autônoma, liberta e espontânea.
Além do Brasil, é extremamente expressiva na Iugoslávia, Haiti e Equador.



Em minhas buscar fui buscar a obra de Pilar Sala e adorei a arte dela!




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