A ARTE DA VIDA

domingo, 30 de janeiro de 2011

O MARAVILHOSO MUNDO DAS MENINAS



                                                                          O maravilhoso livro das meninas 
                                                                                                                          Rosemary Davidson e Sarah Vine
Uma jornada divertida aos tempos em que as garotas não tinham pressa de crescer. Um almanaque em espírito “retrô” todo recheado de típicas “coisas de menina”: dicas para customizar roupas, projetos de artesanato, truques de culinária básica, jogos e brincadeiras, lições de maquiagem, regras de etiqueta. A obra transporta garotas de todas as idades para a inocência da época das “prendas domésticas”. Para um período em que todo um legado de saberes e fazeres era transmitido de avó para mãe e de mãe para filha, no aconchego da convivência feminina.

O livro é um sedutor convite para a garotada contemporânea pisar no freio do amadurecimento precoce e do consumismo. As autoras apresentam, para as novas gerações, prazeres simples como mexer na terra para cultivar um jardim, costurar uma bolsa, fazer perfume caseiro, receber amigas para um chá, jogar amarelinha e uma infinidade de outras formas deliciosamente úteis de preencher o tempo.

Além de estimular as habilidades, a obra também cultiva o espírito. Traz uma série de perfis de grandes mulheres da história, conta alguns dos mais inesquecíveis casos de amor de todos os tempos e sugere uma imperdível lista de livros e filmes que agradam em cheio à alma feminina.


Pesquisando na internet encontrei um pequeno demo deste livro, que me interessou. Como só tinham as primeiras páginas, resolvi procurar e achei-o no SUBMARINO! Já comprei e agora vou esperar a entrega!


Nota Técnica
Título: O maravilhoso livro das meninas
Autor: Rosemary Davidson e Sarah Vine
Editora: Globo
Genero: Interesse Geral
Tradutor: Rosemarie Ziegelmaier
Páginas: 304
Formato: 18,9X24,6
ISBN: 9788525044976
Preço: R$ 49,90






sábado, 29 de janeiro de 2011

SÁBADO DEDICADO AO DIVINO

Hoje senti muita vontade de juntar meus tecidos, fitas , linhas, flores e criar uns esplendedores do Divino.


Já algum tempo, queria muito criar umas peças com o Divino e não tinha encontrado tempo, nem inspiração e nem os Divinos.


Esta semana encontrei bem aqui pertinho de casa alguns Divinos e assim passei o sábado todo pesquisando uns modelitos básicos e me decidi fazê-los reciclando CD e utilizando fuxicos e fitas!


Antes de mostra-los  vamos  ver  um pouquinho do significado do Divino Espírito Santo, nossa inspiração:
O Divino Espírito Santo é representado por uma pomba (sinônimo de mensageiro) e possuidor de sete dons (Sabedoria, Entendimento, Ciência, Conselho, Fortaleza, Piedade e Temor de Deus). Daí, quase sempre, a pomba que o representa possuir sete raias ou sete fitas. Hoje são representadas por inúmeras delas, pois uma pessoa pode acrescentar outras em pagamento a uma promessa.



Oração do Divino

Senhor, vem dar-nos SABEDORIA,
que faz ter tudo como Deus quis.
Dá-nos, Senhor, o ENTENDIMENTO,
que tudo ajuda a compreender.
Senhor, vem dar-nos divina CIÊNCIA,
que como o Eterno faz ver sem véus.
Dá-nos, Senhor, o teu CONSELHO,
que nos faz sábios para guiar.
Senhor, vem dar-nos a FORTALEZA,
a santa força do coração.
Dá-nos, Senhor, filial PIEDADE,
a doce força de amar.
Dá-nos, enfim, TEMOR sublime
de não amá-lo como convém.


Cada um dos SETE DONS do Divino tem sua cor característica:









Bem agora vamos aos Divinos  que criei este sábado:









quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

SOMOS LINHAS OU AGULHAS?Para refletir




Hoje trago uma reflexão que nasceu do encontro de meu grupo de " Pathwork-Caminho para o Auto-conhecimento"! Que papel estamos desempenhando na vida? Linhas ou agulhas, ou alfinetes... Sugerido pelo meu amigo Raimundo Moraes, transcrevo o Conto: Um apólogo de Machado de Assis.
Assim podemos juntar literatura e o universo das bordadeiras, com suas linhas, agulhas, alfinetes, tecidos e mãos maravilhosas e criar uma nova oportunidade de reflexão simbólica!

Machado de Assis

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora?  A senhora não é alfinete, é agulha.  Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa!  Porque coso.  Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você?  Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.  Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?  Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?  Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: 
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. 
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.




sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

HOMENAGEM A SAMARIQUINHA - UMA JOVEM BORDADEIRA POÉTICA



Estou devendo a Micheline, esta foto: EU USO SAMARIQUINHA!

Conheço esta linda moça do flickr e me apaixonei por seus trabalhos e hoje,  também por ela como pessoa!

Olhem como ela trabalha!


                   Quando a inspiração é Vinicius de Moraes...





"Para começar um novo trabalho eu não me cerco somente dos tecidos e aviamentos. Procuro rodear-me de beleza, ambiente com flores, música boa, um cheirinho gostoso de incenso ou difusor, a companhia dos meus cachorros e a estante de livros do atelier sempre ali, pronta para me presentear com alguma inspiração. Livros que me sorriem desde a época da faculdade, onde os sebos começaram a me fascinar.

Quando a inspiração de uma peça é uma letra ou poesia de Vinicius de Moraes, por exemplo, eu deixo Vinicius cantar para mim. Também abro alguns de seus livros e leio em voz alta, como se quisesse preencher o ambiente de amor, pois não dá para falar do velho Vinicius sem pensar em amor, respirar amor...Trabalhar com amor!"

Ela é sensível, suave, amorosa e super criativa!

Parabéns, jovem bordadeira poética!









LITERATURA DE MULHERZINHA



Hoje pesquisando um blog muito especial denominado bibliolatras achei ótimas referências de literatura em geral  e em particular,  fui atrás de uma postagem sobre uma taxonomia da literatura feminina que não conhecia ( ainda que conheça algumas publicações deste gênero) denominada Chick Lit.

O que é Chick Lit?

Uma literatura voltada para o sexo feminino e conhecida vulgarmente como "Literatura de Mulherzinha".

Entre as publicações deste gênero estão os livros acima,  que ilustram esta postagem e retirado do site de Julianna Steffens. O interessante são as sub-categorias deste gênero de publicação, que vão desde as publicações de jovens mães, a executivas descoladas, mulheres  misteriosas,  glamurosas e outras mais.

Enfim,  para o meu entendimento, o gênero é constituído por obras  literárias suaves, bem humoradas, que mostram as diversas facetas das mulheres da nova geração, que não tem medo de expor suas fragilidades, e nem da crítica sobre elas,  e mesmo assim sentem-se empodeiradas pelo que são!

Gostei muito  dos dois sites e recomendo!











segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O BORDADO E A GENEALOGIA FEMININA

Obra de Jacirema Cleia Ferreira - Minhas Árvores


A genealogia é uma ciência auxiliar da história que estuda a origem, evolução e disseminação das famílias e respectivos sobrenomes, ou apelidos (sobrenomes derivados de alcunha).

Segundo a escritora Lélia Almeida* ( lelialme@yahoo.com.br)a genealogia feminina têm sido tema recorrente na literatura de autoria feminina. Textos de Margaret Atwood, Laura Esquivel, Lya Luft e Rachel Jardim trazem a público uma maneira própria de interpretar essa tendência: a representação das mães e filhas, dentro de um corpus ficcional onde essa relação se apresenta sempre de forma complexa e particular.

Lélia em seu texto Genealogias femininas em O penhoar chinês de Rachel Jardim, analisa as várias interfaces do bordar e narrar como transcrevo a seguir:

"1 TECER E NARRAR: O QUE TECEM AS FILHAS DE PENÉLOPE?
O texto de Rachel Jardim, dividido claramente em três partes, trata de um diálogo entre uma mãe e uma filha que se dá depois da morte da mãe que deixa para a filha, como uma espécie de herança, de legado, uma carta, que constitui a parte central, o miolo do texto.

A narrativa inicia com uma reflexão sobre o tempo, que aparece como tendo o mesmo significado do tecido gasto do bordado no bastidor. Assim, recuperar o tempo e retomar o bordado situam-se na mesma ordem de significado de resgatar a memória:

[...] O tempo o que é? [...] Tento recompor este tecido gasto trabalhando com a agulha mais fina para não ferir demais as fibras envelhecidas, Ajeito os óculos com mãos meticulosas, e me lembro de que, quando pegava o bastidor e sentava no sofá do lado oposto de minha mãe, o risco logo surgia nítido diante dos meus olhos, um traçado azul, mapa da viagem a ser iniciada. O tempo emprega os seus pequenos instrumentos de tortura, com os quais nos fere sem grandeza. A enlouquecida teimosia que me levou a retomar esse bordado quase impossível de ser recuperado é a mesma que me atirava na infância as empreitadas mais absurdas, pelo gosto de desafiar a ordem das coisas, a tirania das tramas secretas que conduziam nosso destino. (p.3)1

Essa imagem inicial, a de uma mulher que borda, leva-nos a algumas reflexões que situam o romance de Rachel Jardim numa tradição de textos de autoria feminina e a uma concepção do tempo típica desses textos.

São vários os romances de autoria feminina que usam e abusam do procedimento da construção da trama relacionada à confecção de uma colcha, uma manta, um patchwork ou de um penhoar, como no caso de Rachel Jardim. Vemos presente, ativa, a figura arquetípica de Penélope que, entre nós, encarna o mito e o ideal feminino da mulher que espera e que, enquanto espera, tece e borda.

No mito grego, no entanto, Penélope espera a volta de Ulisses, o herói conquistador que se perdeu por horizontes longínquos e tarda em voltar. Mas Penélope não tece para se distrair. Tece com o pretexto de enganar seus pretendentes, que, certos da morte de Ulisses, a pressionam contrair novas bodas. Ela decide então começar a bordar um tapete e só ao término do trabalho fará sua escolha, a escolha do pretendente. A estratégia de Penélope, como sabemos, era outra. O que ela tecia durante o dia, desfazia durante a noite, adiando indefinidamente o término do trabalho e a escolha do novo consorte. Mas Penélope esperava por Ulisses, sabia de intuição profunda que o marido, não só não havia morrido como haveria de voltar, e então sua longa espera seria recompensada e sua paciência estaria francamente justificada.

Esta é uma das mais claras e populares imagens de feminilidade, a da mulher que espera um consorte, um amor, espera seu amor, seu consorte e que, enquanto espera, pacientemente, borda, tece, junta os fios e as cores.

Um dos procedimentos recorrentes entre as autoras dos anos 70 e 80 do século passado é a releitura ou reiterpretação de mitos ou arquétipos femininos criados pela cultura patriarcal e que cristalizaram determinadas imagens femininas como estereótipos. O mito de Penélope, ícone indiscutível e adorado da cultura patriarcal, quer-nos fazer acreditar que o destino das mulheres é esperar por seus homens, e esperar pacientemente, o que as dignifica sobremaneira. E, além de esperar pacientemente, Penélope tece, como abelha industriosa, distraindo-se produtivamente, enquanto tece. É este um dos tantos mandatos patriarcais sobre algumas condutas femininas ao longo da história do mundo: às mulheres cabe esperar pacientemente, labutar produtivamente e enquadrar-se passivamente à imagem do peito que acolhe o descanso do guerreiro.

Quando algumas autoras retomam e reescrevem alguns mitos ou reiterpretam alguns personagens literários, a história que nos é contada começa por mostrar a possibilidade de novas imagens de mulheres, correspondentes às novas condutas."


E de forma extraordinária ela cita mulheres, suas obras e estórias envolvendo a arte de tecer e bordar:

Entre a literatura feminina, destacada por ela , que mais me interessou listo a seguir e uma pequena sinopse dos livros:
SENTINELA -Lya Luft-"Às vésperas da inauguração de uma empresa chamada Penélope e num momento de vida em que faz balanços e organiza contabilidades, a protagonista Nora apresenta-se assim:é a sensação de ter voltado para casa, fechado um ciclo, concluido uma fase importante de uma complicada tapeçaria.

COMO ÁGUA PARA CHOCOLATE-Laura Esquivel- Tita a protagonista para proteger-se da culpa e da angústia que sente por desejar o noivo da irmã,decide começar a tecer uma colcha que a obrigasse do frio e da solidão.Vejam o filme é excelente!

VULGO,GRACE-Margaret Atwood- O próprio sumário do romance de quinze capítulos, corresponde a quinze nomes de traçados de bordados típicos dos patchworks americanos e canadenses.Cada traçado conta uma história, tem uma concepção, quase sempre ligada a interpretações de fundo religioso ou moralista, para a boa educação feminina que, assim, bordando, vai cultivando o espírito. Exemplos de nomes desses padrões de bordados são Estrada de Pedras, Senhora do Lago, O Templo de Salomão, A Caixa de Pandora, A Letra X ou A Árvore do Paraíso, só para citar alguns. Cada um conta uma história representada, de forma padrão, no risco dos bordados e colchas que eram muito populares entre as moças da época e cada uma delas devia bordar a própria colcha, peça fundamental de seu enxoval.


Para cada obra destas incríveis autoras da  história da genealogia feminina é a história dos cuidados com os outros sem que as mulheres praticamente encontrem no mapa de suas próprias vidas um modelo,uma figura de autoridade feminina, que possa conferi-lhes valor e importância.

Com grande profundida Adriana Lunard, faz uma reflexão sobre a história das grandes escritoras femininas e de sua própria história de vida.

VESPERAS- Adriana Lunard- Vésperas é uma homenagem a grandes escritoras, transformadas em personagens e retratadas na sua solidão, ambigüidades, paixões e angústias. A idéia de morte, sob diferentes focos, perpassa o livro, escrito como uma prosa poética. São nove histórias, cada uma delas envolve uma personalidade da literatura: Virginia Woolf, Dorothy Parker, Ana Cristina César, Colette, Clarice Lispector, Katherine Mansfield, Sylvia Plath, Zelda Fitzgerald e Júlia da Costa. Adriana Lunardi valeu-se de detalhes biográficos dessas mulheres, combinou-os com a sua ficção e, nos contos sobre Woolf, Parker, Colette, Mansfield e da Costa, intui e descreve os últimos dias e momentos de suas vidas.


No Penhorar Chines-de Rachel Jardim, livro comentado por mim, no penúltimo tópico, achei nas primeiras páginas, estas preciosas indicações de literatura feitas por mulheres!Já providenciei a aquisição dos livros acima indicados!




PENHOAR CHINES - A GENEALOGIA FEMININA


Amizades são as relações mais ricas de uma existência!

Na minha por exemplo elas sempre foram muito importantes, e tenho observado que suprem-me da necessária intimidade, que pelas contingências da vida, não tive com  meus entes mais queridos: minha mãe Lygia e irmãs: Kênia e Kelly, já falecida!

Desde muito cedo, com apenas quinze anos sai de São Paulo e vim morar em Belém do Pará!Longe de minha mãe e irmãs, tive entretanto, muito amor de minha avó e tias, pois era  a mais velha da terceira geração!Ana Maria, a tia mais nova, da minha idade, mamamos no mesmo peito da avó -mãe, Zenaide;  Fernanda a segunda mãe que me acolheu como tal, quando vim para Belém, suprindo-me das mais urgentes e femininas necessidades; Marília, a tia maluquinha, cheia das idéias e postura libertária; Marina a doce e serena tia, doceira de mão cheia e minha gerente na loja de moda feminina -Katusha-que abri na década de 80 e Maria Augusta a tia mais velha e a própria independência encarnada

No seio desta segunda  família em que as mulheres eram mais expressivas quantitativa e qualitativamente, passei minha adolescência, de onde só sai para me casar com apenas 18 anos!

A partir daí fui construindo meu círculo de relacionamentos, de muita amizade, com quem tive a oportunidade de estreitar meus laços: Fatima Barreiro (hoje  médica) e Fátima (jornalista) colegas e amigas do Colégio Santa Catarina;  Marlene e Ivone Abdelnor, irmãs,  e Lisieux, colegas e amigas do Colégio Santo Antônio; Marli Azevedo  e Carmem do Colégio Paes de Carvalho; Cleomarina, querida amiga, que me acompanha desde os cuidados com a primeira filha (Alessandra)  e Bazinha da Faculdade de Economia; Avelina Hesketh, minha querida cumadre, responsável pela minha decisão de parir a 4ª filha e colega da pós -graduação; Lucia Penedo minha amiga irmã da Associação de Mulheres de Negócios; Eliana Titan e Áurea Heliete amigas da CODEM; Carmem Pereira da Prodepa; Zenaide Marques, Rosa Campos, Carmem Andrade , amigas queridas de profissão e da vida; e ultimamente, um amoroso círculo de amizades da internet , nas quais se incluem a querida irmã -Gláucia Goés do Espírito Santo; Eliana (Malatri) de São Paulo; Desirée ( Curitiba)  e Rosa Helena- a Rosaestilosa, que me inspirou a escrever este texto!

Nos conhecemos a aproximadamente um ano, através do flickr e gostei dela assim de pronto! Mulher inteligente, sensível e amorosa, logo me cativou e com ela  tenho feito descobertas incríveis, que vão desde as técnicas de artesanato (patchwork), a literatura, ao bordado e a expectativa de uma aposentadoria, por tantos anos servindo a sociedade, que agora queremos servir a nós mesmas, naquilo que muito apreciamos: as artes!

Temos aprofundado em tão pouco tempo nossos interesses comuns ...e nossa leitura da vida... e como tem sido bom, passarmos os poucos minutos que passamos juntas, trocando estas impressões!

Através dela, li o livro Tenda Vermelha, que me fez compreender como na história da humanidade, as mulheres ocupam um lugar à sombra. Este papel até na Bíblia, livro que vai até o tempo mais antigo dos registros sistematizados do Homem, as mulheres ficam a sombra e então ficamos privados até hoje de sua sensibilidade na descrição dos acontecimentos! Numa narrativa envolvente, Anita Diamant resgata esse olhar feminino e dá vida as personagens bíblicas, recriando o ambiente em que viveram  seu cotidiano, suas provações e suas paixões. Dinah, filha de Jacó e Lia é a figura central da trama, que começa com a história das quatro esposas de Jacó a quem ela chama de "mães": Lia, Raquel, Zilah e Bilah. O amor delas e o legado que lhe transmitem servem de apoio durante a fase de trabalho duro da juventude, no ofício de parteira e na vida nova em uma terra estrangeira. À medida que cresce, Dinah observa tudo  o que se passa no deserto- as conquistas, a rivalidade entre os irmãos, a sensualidade intuída, a aspereza do relacionamento entre os homens, a complexidade dos sentimentos das mulheres, a construção de um povo descrita a partir da saga de um núcleo familiar. De expectadora , ela passa a protagonista,e são seus amores, medos, descobertas e perdas que vão sendo na narrados no cenário mais amplo de um mundo bíblico de caravanas, pastores, agricultores, príncipes , escravos e artesãos. O livro é muito, muito bom, não deixem de ler!

Ainda através dela conheci a Jacirema, a querida Jaci, psicóloga, psicoterapeuta e artista de mão cheia na arte de bordar, que virá a Belém, de 14 a 18 de março, para um whorshop denominando Bordando Memórias.Através de riscos de mandala, ela iniciará ou aperfeiçoará as interessadas em aprender a bordar, ao mesmo tempo que criará um espaço de silêncio interior,  para que através do bordado, a arte da vida de cada uma  seja registrada.


E agora por indicação da Jaci, me remete ao mundo do livro : O penhoar chinês, um dos de Rachel Jardim, que nos remete a uma história de filha, que através de um bordado de sua mãe, tece os contornos de uma trajetória crítica e reflexiva sobre os problemas, sociais , filosóficos e  existenciais, até os mais corriqueiros, pela ótica feminina.

O bordado na literatura feminina, que comentarei no próximo post , parece querer retomar o modelo feminino e demonstrar que a mulher possui muitos instrumentos, para a seu modo, transformar o mundo!



Obrigada querida Rosa, por tanta coisa boa, que em tão pouco tempo, conseguimos compartilhar!




segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

WORKSHOP BORDANDO MEMÓRIAS

Bordando Memórias


Queridas(os) amigas(os),

Começo o Ano aventurando-me por um caminho que me da muita alegria e satisfação: o artesanato... a arte de bordar...!

Em março, mais precisamente no período de 14 a 17 estou coordenando um whorkshop muito especial :“ BORDANDO MEMÓRIAS”, com a psicóloga e artesã Jaci Ferreira, que virá de São Paulo, exclusivamente para este evento, no qual iniciará as participantes que querem aprender a bordar e aperfeiçoará aquelas que gostariam de avançar em sua prática, nesta arte!

Este trabalho desenvolvido por Jaci em vários cantos do país, vem oportunamente, quando precisamos após as festas de final e início do ano, que se estendem até o carnaval, nos centrar para os desafios do ano que a pouco começou! De uma forma sensível e aberta as necessidades de cada aluna, Jaci coordena seus trabalhos, permitindo que o silêncio interior de cada uma de suas alunas, se faça presente e se reproduza numa corrente de memórias, em fios, formas e cores, que retratam a dimensão de cada história de vida!

Para ilustrar a trajetória da profissional Jaci e sua proposta de trabalho, vejam o vídeo e o folder anexos!



Como são pouquíssimas vagas -12 para iniciantes e 08 para avançado, solicitamos o preenchimento da ficha e pagamento da inscrição anexada, pois não faremos reserva de inscrições!

A ficha de inscrição e o depósito em conta, devem ser informados, para que asseguremos as pouquíssimas vagas disponíveis. Temos disponibilidade também de receber a ficha de inscrição e pagamento no local indicado pela participante!

Queridas (os), conto com vocês para replicarem este e-mail aos seus contatos, pois é uma oportunidade ímpar de auto-conhecimento e arte!


Beijos

Katia Esteves
91-9982-3040/3224-7726
katializ@amazon.com.br
katializ521@gmail.com